Uma tragédia envolvendo uma noiva na cidade de Dois Córregos gerou a lenda. O fato teria acontecido no início da cidade, na antiga capela feita de barro e coberta de sapé, onde seria realizado um casamento, mas o noivo não apareceu. O drama da moça emocionou os convidados.
A noiva, mesmo depois da saída dos convidados, não queria deixar a capela, na esperança que o noivo ainda aparecesse.
Com a ajuda do padre, os pais dela conseguiram retirá-la, somente no período da noite. A moça foi levada para casa e deitou vestida de noiva. Na mesma noite, ainda vestida de branco ela morreu.
Foi enterrada com o vestido que ela mesma havia feito e em suas mãos foi colocado um buquê de rosas e margaridas brancas.
A tragédia chocou a população e depois de um tempo surgiu o boato de que a noiva aparecia á meia noite perto da capela.
A Noiva do Jardim só ganharia esse nome depois do jardim ser construído, em 1909. A matriz foi inaugurada em 1911, quando a antiga capela já tinha sido demolida.
Uma das pessoas que teria visto uma das aparições da noiva seria o jardineiro encarregado da praça, no final do século 20. Ele disse ter visto a moça entrar e sair da igreja, em certa noite. Acredita-se que o espírito da noiva ainda permaneça no local acalentando o sonho do casamento que nunca se realizou.
Na década de 50, jovens faziam vigília na praça que foi construída no local para tentar ver a Noiva do Jardim.
Eles diziam que a noiva surgia e desaparecia na mesma velocidade. Uma senhora que morou na esquina da praça Major Carlos Neves contava que, em 1970, ela teria visto a noiva entrando na igreja.