Reza a lenda que a Loira do Banheiro refere-se a uma jovem que foi enterrada numa mansão localizada em Guaratinguetá, São Paulo. Trata-se de Maria Augusta de Oliveira, de 26 anos, cuja causa da morte, que se deu em 1891, é rodeada de mistérios.
Diz a lenda que a jovem, filha de Visconde de Guaratinguetá, foi obrigada a casar de forma arranjada aos 14 anos. Por estar infeliz com o matrimônio, fugiu para Paris pouco tempo depois usando o dinheiro que conseguiu arrecadar com a venda de suas joias. Lá, aproveitou a fortuna para frequentar bailes da alta sociedade.
Não se sabe o que culminou na morte de Maria Augusta de Oliveira, pois enquanto o corpo voltava para o Brasil, seu caixão foi violado por ladrões, que queriam as joias da jovem. Com isso, o atestado de óbito foi perdido. Acredita-se que ela tenha morrido por hidrofobia (raiva), comum na Europa.
Já no Brasil, seu corpo foi colocado em uma redoma de vidro na mansão da família enquanto seu túmulo estava sendo preparado. Dizem que Maria Augusta de Oliveira não queria ficar ali e, por isso, saiu da redoma e ficou vagando pela casa.
A mansão do Visconde de Guaratinguetá tornou-se, em 1902, a Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves, ativa até os dias de hoje. A lenda ganhou força em 1916, quando o prédio pegou fogo misteriosamente.
Outra versão da lenda diz que uma menina, de aproximadamente 15 anos, planejava jeitos de matar aula, sendo que um deles era ficar no banheiro, a espera do tempo passar. Num certo dia, a loira teria escorregado no piso molhado e batido a cabeça no chão, vindo a óbito. Não conformada, passou a assombrar os banheiros das escolas.