Entre 1850 e 1902, a cidade de São Simão passou por um dos momentos mais dolorosos de sua história: a epidemia de febre amarela. Na época, a população urbana simonense era composta por 4 mil pessoas. Cerca de 800 morreram e 700 fugiram da cidade e foram mal recebidas pelo medo do contágio. Em maio de 1889, a população simonense caiu para 2,5 mil. As ruas ficaram vazias e os inspetores sanitários aconselharam que ninguém voltasse à cidade por algum tempo, e as pessoas alojaram-se nas vilas vizinhas a São Simão, que ficara deserta. Um médico famoso da cidade, que também foi vereador, Dr.João Fairbanks, solicitou a construção de um cemitério fora da cidade, construído cerca de 500 metros longe da ferrovia Bento Quirino. O número altíssimo de mortes nesse curto espaço de tempo fez surgir diversas lendas no local. Muitos moradores de São Simão já afirmaram ver as almas dos febrosos saírem do cemitério e vagarem pela linha do trem.
Lenda do Cemitério Bento Quirino, São Simão. As almas na ferrovia
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